Atraso de Vacinação da Segunda Dose
Neste painel apresentamos as análises referentes ao retrato atual do atraso na vacinação para a COVID-19 nas diferentes regiões geográficas do Brasil. Para o painel abaixo utilizamos dados atualizados da vacinação. Na análise foram consideradas as pessoas em atraso de vacinação àquelas que ainda não tomaram a 2ª dose da vacina após 14 dias do prazo previsto. Esse atraso pode comprometer seriamente a efetividade das vacinas em nosso território. Dessa forma, é de extrema importância realizar esse monitoramento para promover ações que atuem de forma assertiva na resolução desse problema.
Ressalve-se que caso haja atraso por parte de algum município na atualização das informações de aplicações de vacina, algumas pessoas podem estar sendo detectadas erroneamente como casos de atraso. Para elucidar esse possível risco, novas análises sobre as regularidade do envio das informações estão sendo desenvolvidas.
Metodologia
Para essa análise foram considerados apenas os indivíduos que tomaram a 1ª dose e que ainda não tomaram a 2ª dose da vacina para COVID-19. Foi calculada uma data limite na qual os indivíduos deveriam ter comparecido para tomar a 2ª dose. Consideramos a data limite como apresentado abaixo:
Para AstraZeneca e Pfizer foram considerados 84 dias de intervalo e para Coronavac 28 dias. A data de atualização do banco de dados utilizado foi 15 de setembro de 2021. Consideramos os indivíduos na situação de ATRASO VACINAL caso a data limite fosse MENOR ou IGUAL que a data de atualização do banco. A figura acima mostra o fluxograma da metodologia empregada.
Resultados
O histograma abaixo apresenta a variação nacional de dias de atraso por vacina até o dia 11 de outubro de 2021. Até esta data a taxa de atraso nacional para todas as vacinas é 22,09%. No dia 15 de setembro a taxa era 11%, o que representou um aumento de 11,09% na taxa de atraso nacional.
Se olharmos para cada vacina individualmente, observamos também um aumento na taxa. A Astrazeneca passou de 15% para 35,6%; Coronavac, de 32% para 57.4%; e Pfizer-BioNTech, de 1% para 5,7%. É importante frisar que como a vacinação com Pfizer começou apenas em Maio, a quantidade de indivíduos em possível atraso ainda é pequena, o que pode refletir na baixa taxa que vemos em comparação com as outras vacinas. Na nossa análise foram considerados atrasados àqueles que não tomaram a vacina após 15 dias da data prevista de aplicação da segunda dose, que em valores absolutos corresponde à 12.499.857 de indivíduos. Para AstraZeneca, a quantidade de indvíduos em atraso após 15 dias da data prevista é 6.337.194; para Coronavac, 4.388.608; e para Pfizer-BioNTech, 1.774.055.
Critérios:
- Foi considerado o município de residência informado quando o indivíduo tomou a primeira dose;
- Foram removidos da análise indivíduos cujos registros de UF e/ou municípios estavam ausentes;
- Consideramos apenas os indivíduos que receberam as vacinas AstraZeneca, Coronavac e Pfizer;
- Consideramos apenas os indivíduos que receberam a 1ª dose e não receberam a 2ª dose da vacina;
- Consideramos os indivíduos cujo atraso ocorre em um período de até 250 dias;
- Consideramos os indivíduos cuja data de 1ª dose ocorreu no ano de 2021;
- Foram removidos da análise os registros “pendentes identificação”;
- Foram removidos da análise os indivíduos com mais de 1 registro de primeira dose;
- Foram excluídos da análise os registros com status igual à “entered-in-error” e com a variável "dt_deleted" preenchida.